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O ARTISTA

Juntar Baião com Rock Pesado, eis a alquimia chave da música de Júnior Cordeiro -- poeta, cantor e compositor. Essa junção de gêneros (neste caso, junção de ideologias, pois os dois segmentos transcendem o puro conceito de “estilos” e atingem a ideia de culturas musicais) não é nada nova na cena brasileira, o que é nova é a maneira com que esse paraibano atinge esse diálogo tão naturalmente.

O Bruxo do Cariri Velho, como ficou conhecido no meio musical, viaja por praticamente todos os segmentos de música nordestina, da toada ao baião, bem como de vários segmentos do bom e velho Rock’n’Roll, desde o Progressivo/Psicodélico ao blues e ao Heavy Metal, estabelecendo um acento musical forte, que o próprio artista conceitua como Rock-Baião.

Sua poética, ao mesmo tempo que denuncia fortes influências dos cordelistas e repentistas nordestinos, carrega sutis traços dos mais diversos poetas literários.

Com quinze anos de carreira, Júnior Cordeiro conseguiu estabelecer uma forte característica: a peculiaridade dos temas abordados em sua discografia. O Nordeste mítico e místico, a herança ibérica, a magia popular, os delírios messiânicos, o catolicismo rústico e sertanejo, o ocultismo ocidental, a metafísica e as questões existenciais, a loucura e tantos outros intricados assuntos, juntam-se numa ideia fixa de verificação e denúncia dos males da coisificação do homem na pós-modernidade líquida e globalizante, num campo imagético rico e fértil, onde o imaginário coletivo está sempre presente e revigorado.

Desde seu primeiro disco (Carrascais/2006), passando por O Lago Misterioso/2011, Capa Preta/2013, Sonhos, Sertão & Loucura/2016, Céu, Hades e outros Porvires/2018, Vênus Philpeia/2019, #CâmaraEco/2021, Infinito Migrar/2022, até desembocar no seu mais novo trabalho, O Pio da Rasga-Mortalha/2023, Cordeiro navega no seu mar de informações musicais sempre disposto a abordar diversos temas ligados à natureza humana.

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